Sabedoria Antiga, Sustentabilidade Moderna: Juventude Māori e Urupā Tautaiao
Resumo
A mudança para epistemologias indígenas representa um dos desenvolvimentos mais transformadores nas universidades nas últimas três décadas e agora está ganhando um impulso significativo em Aotearoa, Nova Zelândia. Esse movimento está introduzindo novas perspectivas dinâmicas sobre a pesquisa e novas metodologias para sua condução, aumentando a conscientização sobre os diversos tipos de conhecimento que as práticas indígenas podem transmitir. Ele também oferece percepções profundas sobre o processo criativo. As práticas indígenas oferecem formas alternativas de conhecimento e novas abordagens para conduzir e apresentar pesquisas. Este artigo examina um projeto maori específico dentro dessa estrutura, que tem como objetivo desafiar as comunidades indígenas a reavaliar as práticas pós-coloniais que prejudicaram o meio ambiente, especialmente no contexto da morte. O projeto investiga as atitudes dos rangatahi (jovens maoris) em relação ao reavivamento das antigas práticas de morte maori e explora como essas práticas podem informar o desenvolvimento de intervenções de design que neutralizem as práticas mortuárias coloniais. O projeto faz parte de uma iniciativa de pesquisa maior, financiada pelo Marsden Fund da Royal Society of New Zealand. Os resultados do projeto incluem o design de um local moderno de comemoração de urupā tautaiao (enterro natural), incorporando tecnologia como plataformas tribais de mídia social para assuntos relacionados à morte e mapeamento por GPS de wāhi tapu (locais sagrados). Dada a natureza sagrada da morte (tapu) para os maoris, com suas rigorosas observâncias rituais para a segurança espiritual, a revitalização do conhecimento tribal é essencial. Esse projeto destaca a importância de incluir as vozes dos jovens indígenas, pois eles são os administradores do planeta e de seu povo, contribuindo para uma compreensão mais profunda da pesquisa que ultrapassa as fronteiras filosóficas, intergeracionais, territoriais e comunitárias, enriquecendo os estudos culturais e a prática criativa.
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