Sabedoria Antiga, Sustentabilidade Moderna: Juventude Māori e Urupā Tautaiao

  • Kathleen Frewen Auckland University of Technology
  • Marcos Mortensen Steagall  (Translator) Auckland University of Technology
Palavras-chave: Urupā Tautaiao, Sabedoria ancestral, Juventude maori, Sepultamento sustentável, Práticas Antigas

Resumo

A mudança para epistemologias indígenas representa um dos desenvolvimentos mais transformadores nas universidades nas últimas três décadas e agora está ganhando um impulso significativo em Aotearoa, Nova Zelândia. Esse movimento está introduzindo novas perspectivas dinâmicas sobre a pesquisa e novas metodologias para sua condução, aumentando a conscientização sobre os diversos tipos de conhecimento que as práticas indígenas podem transmitir. Ele também oferece percepções profundas sobre o processo criativo. As práticas indígenas oferecem formas alternativas de conhecimento e novas abordagens para conduzir e apresentar pesquisas. Este artigo examina um projeto maori específico dentro dessa estrutura, que tem como objetivo desafiar as comunidades indígenas a reavaliar as práticas pós-coloniais que prejudicaram o meio ambiente, especialmente no contexto da morte. O projeto investiga as atitudes dos rangatahi (jovens maoris) em relação ao reavivamento das antigas práticas de morte maori e explora como essas práticas podem informar o desenvolvimento de intervenções de design que neutralizem as práticas mortuárias coloniais. O projeto faz parte de uma iniciativa de pesquisa maior, financiada pelo Marsden Fund da Royal Society of New Zealand. Os resultados do projeto incluem o design de um local moderno de comemoração de urupā tautaiao (enterro natural), incorporando tecnologia como plataformas tribais de mídia social para assuntos relacionados à morte e mapeamento por GPS de wāhi tapu (locais sagrados). Dada a natureza sagrada da morte (tapu) para os maoris, com suas rigorosas observâncias rituais para a segurança espiritual, a revitalização do conhecimento tribal é essencial. Esse projeto destaca a importância de incluir as vozes dos jovens indígenas, pois eles são os administradores do planeta e de seu povo, contribuindo para uma compreensão mais profunda da pesquisa que ultrapassa as fronteiras filosóficas, intergeracionais, territoriais e comunitárias, enriquecendo os estudos culturais e a prática criativa.

Biografia do Autor

Kathleen Frewen, Auckland University of Technology

Kathleen é descendente das tribos Whanau-ā-Apanui e Whakatōhea em Aotearoa, Nova Zelândia. Ela é uma jovem pesquisadora indígena que se dedica a explorar epistemologias indígenas e conhecimento tradicional em comunidades indígenas. Seu trabalho enfatiza abordagens colaborativas que visam a elevar o bem-estar das gerações atuais e, ao mesmo tempo, melhorar as realidades vividas pelas gerações futuras. Seu corpo de trabalho se esforça para promover a compreensão holística e práticas sustentáveis que honram e respeitam as perspectivas e realidades indígenas. Sua pesquisa envolve jovens membros de comunidades indígenas para garantir que suas vozes sejam ouvidas, promovendo a resiliência e o empoderamento das populações indígenas.

Marcos Mortensen Steagall, Auckland University of Technology

Marcos Mortensen Steagall es Profesor Asociado en el Departamento de Diseño de Comunicación de la Universidad Tecnológica de Auckland - AUT desde 2016. Ele é o Coordenador de Pós-Graduação em Design de Comunicação y Líder del Programa de Design de Comunicação e Design de Interação. Possui mestrado (2000) y doutorado (2006) em Comunicação & Semiótica pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo – PUC-SP, Sao Paulo, Brasil, y PhD em Art & Design pela Auckland University of Technology em 2019, em Aotearoa Nova Zelândia.

 

Publicado
2024-10-12