Revivendo tradições ancestrais maori: Urupā Tautaiao e adaptações modernas

  • Hinematau McNeill Auckland University of Technology
  • Marcos Mortensen Steagall  (Translator) Auckland University of Technology
Palavras-chave: Patrimônio cultural, descolonização, tradições maori, Urupā, sepultamentos naturais

Resumo

Apoiada pelo Marsden Fund Council, com financiamento do governo gerenciado pela Royal Society Te Apārangi, esta pesquisa sobre urupā tautaiao (sepultamentos naturais) baseia-se em uma agenda descolonizadora. Ela oferece uma oportunidade significativa para que os maoris reavaliem, reconectem-se e adaptem costumes antigos a contextos modernos. O foco principal dessa prática de design é a restauração de sepulturas no urupā (cemitério) de Ngāti Moko, uma hapū (subtribo) da tribo Tapuika, localizada em terras ancestrais na Ilha Norte central da Nova Zelândia. Para preparar o desenvolvimento do túmulo, foi realizada uma série de hui a hapū (reuniões tribais), promovendo o envolvimento e a participação da comunidade na pesquisa. O projeto contou com a experiência de especialistas em artes orais, cineastas, fotógrafos, um mestre entalhador e um mestre tecelão. Posicionado entre lápides tradicionais e usando apenas materiais naturais, o túmulo foi projetado para refletir a beleza natural do ambiente, realçado com motivos culturais maoris distintos. O túmulo incorpora plantas nativas de baixa manutenção e três pou (esculturas tradicionais) que representam pūrākau (narrativas sagradas maori) de vida e morte, criando um espaço que honra tanto o patrimônio cultural quanto a beleza natural. Esta pesquisa contribui para os discursos sobre práticas sustentáveis lideradas por indígenas, preservação do patrimônio cultural e o papel do design na reconciliação do conhecimento tradicional com as necessidades ambientais contemporâneas.

Biografia do Autor

Hinematau McNeill, Auckland University of Technology

A força motriz por trás de tudo o que a professora Hinematau McNeill faz é querer fazer a diferença para as pessoas que foram marginalizadas. Na década de 1980, McNeill ajudou a iniciar refúgios para mulheres maoris e pressionou pela notificação obrigatória da violência doméstica. Ela entrou para a Te Ara Poutama como professora sênior em 1997. Seu doutorado foi realizado com o renomado tohunga (especialista/curandeiro) Hohepa Kereopa, analisando o que promove o bem-estar mental em Tūhoe kaumātua. Hinematau é Tapuika, Ngāti Moko, e trabalhou no registro histórico como negociadora do Tratado para seu iwi, que se estabeleceu com a Coroa em 2014. Mais recentemente, o interesse pela pesquisa orientada pela prática artística ajudou os acadêmicos emergentes a operar criativamente de uma forma que valoriza as epistemologias e as formas de trabalho indígenas. Hinematau foi criada em uma comunidade baseada em marae e acredita que, quando o conhecimento indígena é realmente valorizado, ele revigora e enriquece a experiência de aprendizado de todos.

Marcos Mortensen Steagall, Auckland University of Technology

Marcos Mortensen Steagall es Profesor Asociado en el Departamento de Diseño de Comunicación de la Universidad Tecnológica de Auckland - AUT desde 2016. Ele é o Coordenador de Pós-Graduação em Design de Comunicação y Líder del Programa de Design de Comunicação e Design de Interação. Possui mestrado (2000) y doutorado (2006) em Comunicação & Semiótica pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo – PUC-SP, Sao Paulo, Brasil, y PhD em Art & Design pela Auckland University of Technology em 2019, em Aotearoa Nova Zelândia.

 

Publicado
2024-10-12